Como construir uma estratégia de BPM low-code

peças de quebra-cabeça com as palavras "BPM, "low-code" e "automação" se encaixando

Você já deve ter ouvido falar em programas low-code, e pode até já ter conversado com sua equipe sobre como e quando criar uma estratégia low-code de gestão de processos de negócios (também conhecida pela sigla BPM, do inglês business process management). Há muita informação disponível sobre low-code atualmente, e às vezes não fica claro se essas ferramentas complementam ou concorrem com os sistemas mais tradicionais de BPM.

Se isso lhe soa familiar, você está no lugar certo. Nesse texto, vamos tentar esclarecer a tecnologia low-code e como ela pode impactar sua estratégia de BPM.

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O que é BPM low-code?

Essa pergunta, de certa forma, é uma pegadinha. Isso porque “low-code” e “BPM” são duas coisas diferentes, embora muitas empresas dependam dos dois para atingir suas metas de gestão de processos. Vamos começar separando essa expressão em duas partes e olhando cada uma delas individualmente.

Low-code

Low-code refere-se a qualquer programa feito com a intenção de minimizar a quantidade de programação necessária para sua implementação ou uso. Quando uma plataforma é descrita como “low-code”, o que as pessoas geralmente querem dizer é que os usuários finais (i. e. equipes de negócios) podem usar seus recursos sem precisar de linguagens de programação. Em vez disso, elas oferecem uma interface visual — geralmente um menu com opções para se clicar e arrastar — para desenvolver e implementar soluções.

Veja aqui alguns pontos importantes para se ter em mente ao falar sobre low-code:

  • Programas low-code dão aos usuários de negócios um ambiente seguro e controlado para criar soluções digitais para seus problemas usando uma interface visual. 
  • Programas low-code podem ser usados para criar aplicativos ou para modelar e automatizar processos e fluxos de trabalho. 
  • O low-code se integra a sistemas já existentes para amplificar suas capacidades — e não para substituí-los. 

Programas low-code exigem um pouco de apoio da equipe de TI com relação à programação, mas geralmente não demandam esse conhecimento dos usuários de negócios.

Exemplo de uma interface visual de automação low-code

As funcionalidades low-code são importantes por duas razões. Primeiramente, elas melhoram o alinhamento entre os negócios e os times de TI. Isso acontece da seguinte maneira:

  • A equipe de TI analisa e implementa a plataforma low-code, garantindo que ela atinge os requisitos de segurança e compliance da empresa, e que ela se integra com os demais sistemas que a empresa usa. 
  • Uma vez que o TI tiver certeza de que a ferramenta low-code pode ser usada com segurança, eles dão sinal verde para os times de negócio, que podem então começar a usá-la para resolver seus problemas.

Com isso, as áreas de negócios têm um ambiente seguro para desenvolver e lançar soluções (ou construir processos) para os problemas que enfrentam — e podem fazer isso sem qualquer conhecimento de programação. Isso significa que os times de negócios retêm sua agilidade e não precisam esperar um desenvolvedor programar uma solução do zero ou atualizar o código de um processo já existente. As equipes  conseguem, assim, resolver muitos de seus problemas em tempo real.

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Plataformas low-code também têm outras vantagens. Para o time de negócios, o low-code permite incorporar feedbacks de clientes, atividades de concorrentes e mudanças no mercado em seu ciclo de desenvolvimento. E como o low-code acelera esses ciclos, isso significa que cada nova versão dos processos terá sempre as informações atualizadas.

Fora isso, o low-code reduz a carga de trabalho dos times de TI. Ele libera essas equipes de seu backlog e coloca-as no papel de co-criadoras, ao lado das equipes de negócios. Dessa forma, os profissionais de TI têm mais tempo para focar em fatores como segurança e na criação de soluções de problemas que só podem ser resolvidos com código.

De forma resumida, isso é o low-code. Vejamos agora a parte de BPM.

Gestão de processos de negócios (BPM)

Poucos termos são tão confusos — ou tão cheios de significados diferentes —  como “gestão de processos de negócios”. Há alguns motivos para isso. Primeiro, “BPM” já é um assunto discutido há bastante tempo, e a sigla tem sido usada de maneiras diferentes, por pessoas diferentes, em momentos diferentes. Além disso, o BPM às vezes é considerado uma tecnologia ou solução, mas o mais adequado é pensar nele como um método ou uma disciplina.

Resumidamente BPM é uma estratégia ampla e sofisticada para identificar, otimizar e monitorar os processos de uma organização. Ferramentas de BPM ajudam as empresas a atingir as metas de suas estratégia de BPM. Veja abaixo algumas táticas que compõem uma estratégia de BPM:

Você pode aprender mais sobre esse tema no nosso guia completo sobre BPM.

Low-code vs. BPM: qual é o melhor para mim?

Essa pergunta é outra pegadinha.

O motivo disso é que low-code e BPM não são opostos nem mutuamente excludentes. Programas low-code apoiam estratégias de BPM e tornam a organização e otimização de processos mais fáceis para as equipes. Tudo isso sem aumentar o backlog do time de TI.

Para a maioria das empresas, a melhor maneira de incorporar funcionalidades low-code na estratégia de BPM é usando programas low-code de automação de processos de negócios (também chamada pela sigla em inglês BPA, de business process automation).

Como o low-code impacta a estratégia de BPM?

O low-code impacta a estratégia de BPM diretamente de três maneiras:

  1. Acelera a otimização de processos. Ao dar às equipes de negócios ferramentas para resolver seus próprios problemas, o low-code gera um ciclo de desenvolvimento mais rápido e incremental. Essas equipes agora não precisarão mais esperar pelo TI para modificar ou automatizar seus processos, e seus usuários poderão atualizar fluxos de trabalho rapidamente em resposta a feedbacks dos clientes ou atividades da concorrência.
  2. Simplifica a padronização de processos. Inconsistências em processos dificultam o cumprimento de requisitos de segurança ou atingir a orquestração de processos. O low-code ajuda a assegurar que todos os processos estejam organizados, digitalizados e integrados nas atividades gerais da empresa.
  3. Libera desenvolvedores e recursos de TI. O low-code diminui o backlog de TI e libera a equipe da obrigação de realizar todas as mudanças em todos os processos da empresa. Como resultado, a tecnologia permite que desenvolvedores e outros profissionais de TI direcionem seu tempo e atenção a outras tarefas, como inovação digital ou segurança.

Quais são os benefícios do low-code para BPM?

Além do seu impacto maior na estratégia de BPM, o low-code também traz diversas vantagens aos negócios. Entre elas há quatro benefícios universais que surgem independentemente do setor ou departamento da empresa:

Reduz riscosAutomações low-code padronizam processos, aumentando a visibilidade e controle sobre eles e facilitando a manutenção de requisitos de segurança. Regras e lógica condicional diminuem as taxas de erros e eliminam casos de informações faltantes.
Melhora a experiência dos usuáriosAutomações low-code integram-se aos sistemas já usados pela empresa para oferecer uma experiência completa aos usuários. Em vez de passar por diversos aplicativos, a plataforma de automação low-code oferece uma interface unificada onde a gestão dos dados e a comunicação entre sistemas acontecem automaticamente.
Aumenta a eficiênciaO impacto da automação low-code na eficiência dos processos é dramático. Times de negócios conseguem automatizar tarefas e workflows por conta própria. Com isso, processos que antes dependiam de planilhas e emails — inimigos conhecidos da expansão de negócios — tornam-se digitalizados e acelerados.
Automatiza processos de cauda longaProcessos e fluxos de trabalhos que não compõem o núcleo dos negócios podem ser geridos facilmente usando automação low-code. A capacidade de adaptação dessa tecnologia a torna ideal para resolver processos e workflows específicos ou singulares.

Como crio uma estratégia de BPM que seja low-code?

Qualquer iniciativa de BPM pode se beneficiar da adição de ferramentas low-code. Isso porque a finalidade do low-code é eliminar a distância entre as pessoas que entendem os processos e as pessoas responsáveis por gerenciá-los. Dar a quem está na linha de frente recursos para criar processos melhores: esse é o objetivo de uma plataforma low-code.

Uma das ferramentas mais versáteis que qualquer empresa pode usar para realizar sua estratégia de BPM é um BPA low-code (também chamado de automação low-code). O BPA low-code incorpora o que há de melhor em termos de segurança e pode ser adaptado a qualquer processo, departamento ou fluxo de trabalho. Essa tecnologia também se integra com ERPs, IPaaS e outras soluções verticais que a empresa já use.

Programas de automação low-code dão a qualquer usuário com as permissões adequadas o poder de modelar, construir, automatizar e monitorar seus processos ou fluxos de trabalho — um ganho de qualidade compatível com fomentar uma estratégia de BPM ágil.

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